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Empresa lança GPS para navegação na Lua – 09/05/2025 – Ciência

A imagem mostra a Lua durante um eclipse, com uma parte iluminada e outra parte em tons avermelhados, contra um fundo negro.

A empresa espanhola de tecnologia GMV anunciou um sistema de navegação semelhante ao GPS para a Lua. O objetivo é tornar as missões lunares tão intuitivas quanto um passeio pela cidade com aplicativos como o Google Maps ou o Waze.

Chamado de Lupin, o projeto faz parte de um programa da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para testar novas técnicas de posicionamento, navegação e cronometragem, à medida que o interesse na exploração da superfície lunar aumenta, seja para pesquisa científica, potenciais oportunidades de mineração ou até mesmo turismo.

“Com este software, aproximamos a Europa de estabelecer uma presença humana na Lua e, potencialmente, isto seria um trampolim para a exploração de Marte ou para a presença humana em Marte”, disse o diretor do projeto, Steven Kay, à Reuters.

A GMV testou a nova tecnologia nas paisagens sobrenaturais de Fuerteventura —uma das Ilhas Canárias—, já que a região possui semelhanças com a superfície lunar.

Ao utilizar sinas parecidos com os do GPS de satélites na órbita lunar, o Lupin permitirá que robôs e astronautas identifiquem sua localização na Lua em tempo real. Atualmente, navegar pelo satélite é difícil, já que as espaçonaves em sua superfície dependem de cálculos complexos e de dados transmitidos da Terra, o que não é rápido nem preciso.

“A comunicação depende da visibilidade direta com a Terra ou do uso de satélites de retransmissão na órbita lunar, o que cria zonas de sombra de comunicação e tempos de latência que dificultam a tomada de decisões imediatas”, disse a GMV em um comunicado.

A falta de atualizações em tempo real sobre as mudanças no terreno da Lua, causadas por impactos recentes ou movimentos da poeira lunar, também dificulta as viagens no satélite.

A empresa quer combinar a cartografia lunar existente com informações obtidas de satélites que orbitam a Lua visando pontos escuros, como o polo sul lunar e o lado afastado, área geralmente na sombra.

“Queremos que esses robôs mapeiem a superfície da Lua de forma rápida e segura para que os astronautas possam retornar em alguns anos, trabalhar lá e estabelecer bases permanentes”, disse a chefe de estratégia da GMV, Mariella Graziano.



Fonte ==> Folha SP – TEC

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