Novas pegadas descobertas por arqueólogos indicam que Pompeia poderia ter sido reocupada após a devastadora erupção do Vesúvio no ano 79 d.C., que soterrou a cidade romana sob cinzas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (6).
Apesar das enormes destruições sofridas pela cidade, que em seu auge abrigava mais de 20 mil habitantes, alguns sobreviventes teriam retornado para se instalar na área devastada. Eles não teriam condições de iniciar uma nova vida em outro lugar.
Ao que parece, eles foram acompanhados por outras pessoas, provenientes de diferentes lugares, em busca de um local para se estabelecer e com a esperança de encontrar objetos de valor abandonados.
“De acordo com dados arqueológicos, provavelmente era um assentamento informal onde as pessoas viviam em condições precárias, sem infraestrutura nem os serviços típicos de uma cidade romana”, afirmou a administração do Parque Arqueológico Pompeia em um comunicado, acrescentando que a área não foi totalmente abandonada até o século 5º.
A vida ressurgiu nos andares superiores das antigas casas, enquanto os térreos foram transformados em porões, com fornos e moinhos.
“Graças às novas escavações, emerge uma Pompeia posterior ao ano 79, que não era tanto uma cidade, mas um assentamento precário e sombrio, uma espécie de acampamento, uma favela entre as ruínas ainda visíveis da antiga Pompeia”, resume Gabriel Zuchtriegel, diretor do sítio arqueológico.
Embora no passado já tivessem sido formuladas hipóteses sobre uma reocupação do local, segundo Zuchtriegel, essas teorias foram descartadas e frequentemente ignoradas sem documentação suficiente.
Patrimônio Mundial da Unesco, Pompeia é o segundo sítio turístico mais visitado da Itália depois do Coliseu, com 4,17 milhões de visitantes em 2024.
A cidade antiga se estende por uma área de 22 hectares, na qual aproximadamente um terço segue enterrado debaixo das cinzas.
Fonte ==> Folha SP – TEC