Ativistas pró-Palestina que se preparam para zarpar da Espanha no domingo para Gaza em dezenas de barcos com ajuda humanitária pediram aos governos que pressionem Israel a permitir que sua flotilha — a maior até o momento — passe pelo bloqueio naval.
A ativista sueca Greta Thunberg e a deputada de esquerda portuguesa Mariana Mortágua estão entre as centenas de pessoas de 44 países que partirão de vários portos para Gaza como parte da Flotilha Global Sumud. Sumud significa “perseverança” em árabe.
Israel frustrou inúmeras tentativas ao longo dos 15 anos de bloqueio, incluindo uma abordagem em 2010 por suas forças especiais, na qual pelo menos nove ativistas turcos foram mortos.
“Eles precisam agir para defender os direitos humanos e garantir uma passagem segura para esta flotilha”, disse o palestino Saif Abukeshek, um dos organizadores, residente na Espanha.
Em junho, forças navais israelenses abordaram e apreenderam um iate de bandeira britânica que transportava Thunberg e outros ativistas, incluindo o brasileiro Thiago Ávila. Israel acusou os ativistas de um golpe de propaganda em apoio ao Hamas.
O país impôs um bloqueio naval ao enclave costeiro desde que o Hamas assumiu o controle de Gaza em 2007, alegando que o objetivo é impedir que armas cheguem ao grupo militante. O bloqueio permaneceu em vigor durante conflitos, incluindo a guerra atual.
No início de março, Israel também isolou Gaza por terra, sem permitir a entrada de suprimentos por três meses, argumentando que o Hamas estava desviando ajuda.
Fonte ==> Exame
