O bitcoin (BTC) opera em queda nesta quinta-feira (25) e já acumula perdas de 5% no acumulado dos últimos sete dias. Do lado da macroeconomia, hoje foi dia de divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) dos Estados Unidos.
A economia americana teve um crescimento de 3,8% na leitura final do segundo trimestre, acima da mediana das projeções do mercado, que apontavam para um avanço de 3,3%. Já o PCE ficou em 2,1%, enquanto o núcleo do indicador – que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia – subiu a 2,6%.
Às 11h51 (horário de Brasília) o bitcoin cai 1,7% em 24 horas, cotado a US$ 111.490, conforme dados do CoinGecko. Em reais, o bitcoin tem queda de 1,1% a R$ 597.009, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor. Já o ether, moeda digital da rede Ethereum, recua 4,4% a US$ 4.016.
Entre as altcoins, o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, cai 2,8% a US$ 2,84. A solana (SOL), por sua vez, despenca 6,1% a US$ 202,82 e o BNB (token da Binance Smart Chain) recua 2,3% a US$ 996,15.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente é de US$ 3,92 trilhões.
Segundo André Franco, CEO da Boost Research, o bitcoin tem uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. “A realização de lucros nos mercados globais, somada à valorização do dólar e à pressão nos juros dos Treasuries, reduz o apetite por ativos alternativos e voláteis como o BTC. O ativo segue em consolidação abaixo da resistência dos US$ 114.000”, comenta.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, diz que ao analisar o fluxo é possível observar que a força vendedora prevalece no curto prazo, sugerindo o rompimento do range para baixo. “Se confirmado este movimento, os próximos suportes estão nas áreas de valor de US$ 108.000 e US$ 105.000. No entanto, caso entre fluxo comprador e reverta o movimento, haverá resistência nas regiões de liquidez dos US$ 116.400 e US$ 124.474”, projeta.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado ontem um saldo líquido positivo de US$ 241 milhões. O maior responsável pelo fluxo comprador foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 128,9 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas.
Entre os ETFs de ether, foi registrado um fluxo negativo de US$ 79,4 milhões, no terceiro pregão consecutivo de saldo líquido vendedor. Os dois principais alvos da saída de capital foram o FETH, da Fidelity, com US$ 33,3 milhões; e o ETHA, da BlackRock, com US$ 26,5 milhões.
Fonte ==> Exame
