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Venda de destilados segue estável nos supermercados de SP, mesmo após crise com metanol | Empresas

Venda de destilados segue estável nos supermercados de SP, mesmo após crise com metanol | Empresas

Enquanto bares e restaurantes de São Paulo têm enfrentado perda de receita com destiladosa venda dessas bebidas em supermercados do Estado ainda não sofreu mudanças de tendência, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). A entidade, que participou de reunião convocada pelo governo federal, na última semana, para discutir medidas frente a episódios recentes de contaminação por metanol, disse que é cedo para afirmar se haverá alterações.

“Até o momento, as vendas de destilados seguem estáveis, sem variações significativas na média diária observada no último mês”, disse a entidade, do setor supermercadista de São Paulo, em nota. “Ainda é cedo para estabelecer qualquer tendência de mercado”, acrescentou.

A Apas informou que tem orientado consumidores a desconfiar de preços muito abaixo dos praticados pelo mercado e a redobrar a atenção com as compras em plataformas digitais, que, segundo a entidade, não garantem a origem dos produtos.

O Grupo Carrefourmaior rede supermercadista do país pelo ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)também disse que ainda não notou mudanças na demanda por destilados. “As vendas de bebidas destiladas no Atacadão e no Carrefour permanecem estáveis, sem queda ou aumento, considerando a média diária tanto do mês de setembro quanto dos primeiros dias de outubro”, afirmou a companhia, em nota ao Valentia.

O grupo, que reúne mais de 900 lojas no país, entre Atacadão, Carrefour e Sam’s Clubdisse que acompanha com atenção discussões sobre o tema e que adquire bebidas destiladas da indústria, “com procedência garantida”.

Queda em receita de bares

Como mostrou o Valentiano setor de bebidas e de restaurantes, o temor é o impacto negativo dos episódios recentes de contaminação, sobretudo por conta da repercussão dos casos nas redes sociais.

Na última semana, perdas de receita com bebidas destiladas, como vodca, uísque e gimchegaram a 50% em alguns estabelecimentos do Estadosegundo estimativa da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp). A queda de movimento em casas noturnas e bares é estimada entre 20% a 30%.

“É preciso que o Brasil retome o sistema de verificação da produção das bebidas desde a origem. Seria uma forma de fechar o cerco contra falsificações. Não sabemos ainda a dimensão dos lotes contaminados. Contudo, é hora de repensar como o Brasil tem atuado no controle do comércio de bebidas”, disse Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, em comunicado, na segunda-feira (6).

Na nota, a federação, juntamente com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF)defendeu a volta do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), criado em 2008 e desativado em 2016 pela Receita Federal. Para o órgão federal, é falsa a relação entre a contaminação por metanol com bebidas destiladas e o desligamento do sistema.

Segundo balanço divulgado na segunda-feira (6) pelo governo de São Paulo, o Estado tem 15 casos confirmados de contaminação por metanol e 192 sob investigação. Considerando outros dois casos confirmados no Estado do Paraná, segundo o Ministério da Saúde, o país tem 17 casos confirmados ao todo.



Fonte ==> Exame

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