A alta de preços das indústrias extrativas acelerou de 0,18% em junho para 2,42% em julho, de acordo com o Índice de Preços ao Produtor (IPP), conhecido como a inflação da indústria ou de “porta de fábrica”, por considerar os preços sem impostos e fretes.
A atividade foi a principal pressão para cima no IPP e respondeu por 0,10 ponto percentual da taxa de -0,30% do índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em julho. Isso significa que, se os preços desse segmento tivessem ficado estáveis, a queda do IPP teria sido mais intensa, de -0,40%.
- Índice de Preços ao Produtor recua 0,30% em julho, 6ª queda mensal seguida, diz IBGE
- Preços de alimentos ao produtor caem 1,33% em julho e levam inflação da indústria para campo negativo
Apesar da alta, as indústrias extrativas ainda apresentam queda no resultado acumulado em 2025, até julho, e também no desempenho em 12 meses.
No resultado em 2025, o recuo é de 12,82%, com influência de -0,62 ponto percentual da taxa de -3,42% do IPP em 2025. No dado dos 12 meses até julho, a queda de preços das indústrias extrativas é de 9,85%, com impacto de -0,48 ponto percentual em 1,36% do IPP.
De acordo com o IBGE, dentre os produtos com maior peso no setor, apenas “minérios de cobre e seus concentrados, bruto ou beneficiado” (-6,07%) apresentou uma tendência negativa na comparação mensal, segurando o avanço da atividade e mostrando um alinhamento ao mercado internacional.
Por outro lado, produtos ligados ao minério de ferro, que juntos têm peso de 44,97% no setor, inverteram a tendência apresentada no mês anterior e contribuíram para a aceleração dos preços, também em linha com comportamento do mercado exterior.
Fonte ==> Exame