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Brancos e rosés que você precisa descobrir | Empresas

Com o sol do outono carioca, sábado foi de brindes nos jardins do Jockey Club do Rio — Foto: Becca Maria / Agência O Globo.

Quando a temperatura sobe — e no Brasil ela vive nas alturas —, o que o nosso corpo pede é frescor. Aquela sensação de alívio que só um gole bem gelado consegue proporcionar. E se tem algo que os vinhos portugueses têm oferecido com generosidade nos últimos anos são rótulos brancos e rosés cheios de personalidade, perfeitos para refrescar nossos dias (e noites) tropicais.

Quem circula por eventos de vinho, feiras, lojas especializadas ou dá aquela espiadinha nas cartas dos restaurantes já deve ter notado: aumentou (e muito) a presença de vinhos brancos e rosés nas prateleiras e nas taças por aqui. O consumo desses estilos cresceu mais de 30% nos últimos cinco anos no Brasil. O motivo? A busca por vinhos mais leves, vibrantes, fáceis de harmonizar com a nossa comida e, claro, que combinem com o nosso clima ensolarado.

Portugal é diverso, tanto em brancos quanto em rosés, e de norte a sul entrega vinhos com estilos bem distintos e muita qualidade. Desde os brancos vulcânicos dos Açores, passando pelos minerais e elegantes de Lisboa, os fresquíssimos da região dos Vinhos Verdes, os refinados da Bairrada, os exuberantes do Alentejo, os vibrantes do Douro, os delicados e estruturados do Dão, os aromáticos do Algarve e os ensolarados de Setúbal — cada canto entrega uma expressão única e cheia de frescor.

Hoje, acontece o último dia da 12ª edição do evento Vinhos de Portugal, no Jockey Club, e, como sempre, me perguntam por onde começar. Então, aqui vão algumas sugestões.

Sou fã assumida do Quinta das Cerejeiras Branco, produzido em Óbidos, na região de Lisboa. Um branco encorpado, cheio de personalidade, que enche a boca com elegância e equilíbrio. Outro xodó é o Muros de Melgaço, um Alvarinho crocante do mestre Anselmo Mendes, referência na região dos Vinhos Verdes — acidez deliciosa e aquele toque cítrico que faz a gente querer repetir o gole. Do Douro, não posso deixar de indicar o Branco da Gaivosa, feito por um dos meus grandes ídolos no universo dos vinhos, Domingos Alves de Sousa. Esse é um branco imperdível.

Os rosés também merecem aplausos. O Amantis Reserva Rosé, do talentoso enólogo Júlio Bastos, é outra escolha certeira. Produzido na Quinta Dona Maria, no Alentejo, é elegante, vibrante e cheio de frescor. Outro rosé que vale a pena provar é o Rosé de Ventozelo, do Douro, feito com a uva Tinta Roriz das encostas da Quinta de Ventozelo. Um vinho equilibrado, com toque mineral e notas de morango, que mostram bem o frescor e a delicadeza da região.

Já para quem gosta de ousar, fica aqui uma provocação: Portugal também produz vinhos laranjas que merecem atenção. No Alentejo, existe uma tradição secular de produzir vinhos em talhas — ânforas de barro onde as uvas ficam macerando por semanas. Quando esse processo é feito com uvas brancas, o resultado é o que chamamos de “vinho de talha branco”, que na prática, é um vinho laranja: cheio de textura, aromas intensos e uma pegada ancestral. Um bom exemplo? O Carmim Tarefa de Talha, um laranja encantador que é um dos meus favoritos.

E se depois de tudo isso você ficou com vontade de encher sua taça com um bom branco, rosé ou até mesmo um laranja português, vá com sede, curiosidade e alegria — e aproveite para descobrir o que os vinhos portugueses têm de melhor.

Com o sol do outono carioca, sábado foi de brindes nos jardins do Jockey Club do Rio — Foto: Becca Maria / Agência O Globo.



Fonte ==> Exame

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