Você já se imaginou caminhando pela superfície da Lua ou de Marte, ou simplesmente contemplando as belezas do Universo flutuando no espaço? Então não pode perder a exposição imersiva “Astro”, que abriu no Visualfarm Gymnasium, em São Paulo, no último dia 25 de setembro.
Primeiro laboratório de artes imersivas da América Latina, ele foi inaugurado em maio, por iniciativa do artista visual e diretor Alexis Anastasiou. O nome pode ser familiar aos que conhecem a técnica de projeção conhecida como “video mapping”, em que enormes imagens são sobrepostas a grandes superfícies internas e externas, como forma criativa de produzir comunicação visual.
Anastasiou é um dos pioneiros da técnica no Brasil e, na nova exposição, volta seus talentos para a promoção da astronomia e da exploração espacial. “Queremos que cada visitante saia com a sensação de que a viagem espacial, mesmo inalcançável para a maioria, pode ser vivida simbolicamente aqui dentro”, diz o diretor.
A combinação de tecnologias imersivas promete uma experiência sensorial fascinante. Num espaço de vastos 2.000 metros quadrados, uma combinação de “video mapping”, instalações sonoras polifônicas, realidade virtual e projeções fulldome oferece uma jornada que convida a contemplar a vastidão do Cosmos.
A apresentação promete percorrer grandes marcos da astronomia, das primeiras observações com telescópios à conquista da Lua, além de oferecer paisagens enviadas por sondas como as Vikings, que foram a Marte nos anos 1970, ou a Cassini, que operou em órbita de Saturno entre 2004 e 2017. A experiência procura transmitir a ideia de que a jornada espacial é também uma jornada interior, uma forma de entender a pequenez humana diante da vastidão do Universo, mas também a capacidade criativa e científica que nos trouxe até aqui.
O trajeto proposto pela exposição (que pode ser feito idealmente em cerca de 60 minutos) começa em uma espécie de tobogã-buraco de minhoca e conduz o visitante por ambientes que simulam eras distintas da exploração espacial. O planetário de última geração, uma sala de 1.200 metros quadrados revestida por projeções em 360 graus, os visitantes apreciam superfícies planetárias recriadas com base em imagens reais cedidas pela Nasa, pela ESA e pela Jaxa, agências espaciais americana, europeia e japonesa, respectivamente.
Há bastante conteúdo, abordando a origem do Universo, a geologia da Lua e de Marte, os tamanhos relativos dos astros do Sistema Solar e o estudo das entranhas da matéria por aceleradores de partículas, além de dados sobre missões espaciais. A curadoria é do astrônomo João Fonseca, e a exposição ainda conta com cabines de inteligência artificial, em que cada participante pode, se assim desejar, se transformar em um astronauta.
“O sistema proprietário que criamos gera imagens em poucos segundos, mostrando homens, mulheres e crianças como protagonistas da corrida espacial. É uma maneira de reforçar a ideia de cidadania planetária, olhando para outros mundos para cuidar melhor do nosso”, diz Anastasiou.
A atração fica aberta às segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, das 10h às 20h (com última entrada às 19h), e aos domingos, das 10h às 19h (última entrada às 18h). Os ingressos saem a partir de R$ 30 e podem ser adquiridos na bilheteria do local ou pela internet. O Visualfarm Gymnasium fica na praça Olavo Bilac, 38, próximo à estação Marechal Deodoro do metrô.
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Fonte ==> Folha SP – TEC
