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Governo gaúcho quer traçar plano para atrair empresas da área química

Governo gaúcho quer traçar plano para atrair empresas da área química

Aproveitar os espaços disponíveis nos polos químico (em Montenegro) e petroquímico (em Triunfo) para a instalação de novas companhias é uma das metas do governo do Estado. O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Derly Fialhoantecipa que a Invest Rs (Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul) vai elaborar com os agentes desses segmentos o desenho de uma estratégia de planejamento para atração de investimentos em plantas que possam ser implementadas nesses complexos.

“Isso é um projeto que deverá sair nos próximos meses”, assinala Fialho. Ele comenta que já está sendo montado um grupo técnico para ir adiante com a iniciativa. O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul (Sindiquim), Newton Battastiniressalta que somente o polo químico tem 700 hectares de dimensão. “E o polo petroquímico também tem área disponível”, aponta o dirigente.

Battastini e Fialho participaram nesta terça-feira (10) da primeira edição da Feira de Fornecedores da Indústria Química (FFIQUI) que se realiza no Salão de Convenções da Fiergs, em Porto Alegre. O evento se encerra nesta quarta-feira (11). O presidente do Sindiquim enfatiza que o encontro agrega os diversos segmentos da área química no Estado, unindo indústria e fornecedores. Participam empresas ligadas a defensivos, tintas, adesivos, cosméticos, produtos de tratamento de couro, entre outras.

O dirigente lembra que o setor químico é responsável por 12,6% do PIB industrial gaúcho (movimentando anualmente em torno de R$ 62 bilhões), sendo o segundo segmento mais expressivo superado apenas pelo de alimentos. O setor químico representa ainda mais de 18 mil empregos no Rio Grande do Sul.

De acordo com Battastini, as companhias químicas gaúchas têm potencial para ampliar seus portfólios de itens e uma dessas oportunidades está em produzir insumos da cadeia de fertilizantes agrícolas como as amônias verde (feita de fontes renováveis) e cinza (do carvão). Ele detalha que esse último processo envolve a gaseificação do mineral, ação que tem menor impacto ambiental do que a queima do insumo.

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico complementa que é preciso explicar mais a questão do carvão para a sociedade. Fialho diz que hoje há tecnologias no mundo capazes de dar conta de produzir os derivados do carvão (com menor reflexo ambiental).

Ele recorda que a maior reserva carbonífera do Brasil fica no Rio Grande do Sul (em torno de 90% do total do País). “Acho que não podemos perder essa oportunidade”, defende o dirigente. Conforme ele, é preciso observar o tema da sustentabilidade e fazer a indústria se tornar mais diversificada, além da simples queima do combustível com a finalidade de produzir energia elétrica.



Fonte ==> Folha SP

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