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Hugh Forrest fez do SXSW um radar de tendências. Agora, quer fazer o mesmo num festival em São Paulo

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Dos mesmos criadores do Rio2C, que se consolidou como uma megaconferência de criatividade no Rio de Janeiro, o SP2B — uma espécie de versão 011 — nasceu bebendo da fonte do South by Southwest, o evento anual no Texas que se tornou símbolo ao unir negócios, cultura, tecnologia e inovação.

A parceria com o SXSW para o evento paulista acabou não saindo do papel. Com uma reforma no principal centro de convenções em Austin, onde acontece o evento, a organização suspendeu por ora as parcerias internacionais, conta o idealizador e organizador Rafael Lazzarini, sem esconder uma pontinha de frustração.

Mas um anúncio feito hoje mostra que o espírito do South By vai estar mais presente que nunca. O Sp2b trouxe para sua organização Hugh Forrest, um veterano com 35 anos de SXSW e que foi o responsável por transformar o evento de um festival de música no seu início, em 1987, em um dos mais importantes festivais multidisciplinares do mundo, reunindo tecnologia, cinema, música e cultura.

Sob sua liderança, a conferência se tornou palco para a estreia e ascensão de empresas como Twitter, Foursquare e, mais recentemente, de discussões sobre inteligência artificial, criptomoedas e mudanças climáticas.

No SP2B, ele vai ajudar a consolidar a missão de fazer o festival de oito dias ir “beyond business” — ou “além dos negócios”, como diz sua missão. A conferência vai acontecer pela primeira vez no ano, entre 9 e 16 de agosto, em diversas localizações do Parque do Ibirapuera, também com eventos paralelos na cidade.

Hoje, acontece uma premiére, numa espécie de aquecimento, que já dá uma ideia do tipo de discussão a ser fomentada, com o keynote speaker do historiador Yuval Haririautor dos best sellers “Homo Sapiens” e “Homo Deus”.

“Uma das coisas que consolidou o SXSW foi a capacidade de fazer conexões entre pessoas e comunidades diferentes, potencializando as ideias e fazendo aflorar o melhor delas ”, diz Forrest ao INSIGHT.

O curador, que já esteve no Brasil algumas vezes, diz se sentir próximo ao país também pela grande delegação brasileira que vai a Austin todos os anos. “Os brasileiros tem muito do espírito de Austin: são criativos, gostam de pessoas, e são muito empreendedores”, afirma. Ele afirma traz sua expertise com o South By como evento, mas que o “SP2B não vai ser um SXSW brasileiro, mas sim encontrar sua própria identidade.”

Numa cidade repleta de conferências e palco dos principais eventos do Brasil, o SP2B quer se diferenciar ao abraçar o empreendedorismo de maneira mais amplamuito além da visão de tecnologia e startups, conta Lazarini.

“Queremos fazer um evento para em que haja espaço para tecnologia, venture capital, mas não só isso. Essa comunidade já é muito bem servida”, diz.

Segundo ele, essa vai ser uma oportunidade de projetar São Paulo não só como centro financeiro, mas como polo cultural e empreendedor pulsante. A ideia é atrair também visitantes internacionais.

“Acima de tudo, com os desafios que o mundo enfrenta hoje, o SP2B quer ser um ‘wake up call’ para pensar os negócios além dos negócios.”

A tese ainda precisa ser posta em teste. Mas, se for provada, a cidade — e a comunidade de negócios cansada de eventos ‘mais do mesmo’ — agradecem.



Fonte ==> Exame

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