BRASÍLIA – O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quarta-feira, 23, uma nova prova para avaliar estudantes e cursos de Medicina. O Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) substituirá o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para a carreira médica.

MEC diz que vai alterar avaliação de estudantes de Medicina para ampliar qualidade. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO
Para que vai servir o Enamed?
O Enamed substituirá o Enade para os cursos de Medicina. A ideia é que o exame avalie o desempenho dos estudantes e também sirva para avaliar a qualidade dos cursos da área.
Além disso, o Enamed servirá como via de acesso às residências médicas a partir de uma unificação com o Exame Nacional de Residência (Enare).
Como o desempenho do Enamed será usado para entrar na residência?
A nota obtida no Enamed será utilizada pelos estudantes para se candidatar às vagas de residência ofertadas no Enare. O estudante não precisará fazer duas provas, mas apenas o Enamed.
Como será a inscrição? O exame é gratuito?
A participação no Enamed para medir o desempenho do estudante é gratuita. Mas, caso o candidato queira utilizar sua nota no Enare para obter uma vaga de residência médica, é preciso selecionar essa opção no momento da inscrição. O estudante será direcionado para o o site do Enare e, neste caso, deverá pagar a inscrição. No último edital divulgado, a taxa foi de R$ 330.
Quem pode fazer o exame?
O Enamed é destinado a estudantes concluintes de Medicina, ou profissionais já formados que queiram disputar uma vaga de residência por meio do Enare. O MEC espera que cerca de 42 mil concluintes prestem a prova neste ano.
O Enamed é obrigatório?
Sim, todos os estudantes concluintes de Medicina devem prestar o exame, ainda que não queiram se candidatar a uma vaga de residência.
Quando a prova começará a ser aplicada?
A expectativa do MEC é que o Enamed seja aplicado já em outubro deste ano em 200 municípios do País. A prova será aplicada anualmente.
Como será a prova?
De acordo com o MEC, a prova será composta por 100 questões objetivas sobre áreas básicas da Medicina. São elas: clínica médica; cirurgia geral; ginecologia e obstetrícia; pediatria; medicina da família e comunidade; saúde mental e saúde coletiva. O modelo é uma ampliação em comparação ao Enade, que cobra 40 questões, dividas entre formação geral e específica.
O que dizem as entidades de ensino superior?
O Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, afirmou em nota que a medida pode fortalecer a formação médica no País. A entidade ponderou, no entanto, que é preciso que o exame esteja alinhado à realidade dos cursos e às diretrizes curriculares.
O Semesp se posiciona contra a criação de um exame de proficiência na carreira, a exemplo do que ocorre com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Fonte ==> Estadão