São Paulo e Rio de Janeiro
O rapper Oruam, 23, foi preso nesta quinta-feira (20) e encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Segundo sua assessoria de imprensa, o cantor foi detido após ter sido parado em uma blitz. Fãs que estavam no local fizeram imagens e protestaram contra a polícia.
Oruam é filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, preso desde 1996 por tráfico e homicídio.
LEI ANTI-ORUAM
Um dos principais nomes do trap nacional, ele dá apelido ao projeto da “lei anti-Oruam”, que visa proibir músicas que fazem apologia do crime e das drogas.
A proposta da “lei anti-Oruam” não cita diretamente o nome do artista, mas Amanda Vettorazzo (União Brasil, que o protocolou na Câmara Municipal de São Paulo, usou seu nome e figura na internet para convencer outros parlamentares a aderirem à proposta.
O documento propõe o veto à “execução de músicas e videoclipes com letras e coreografias que façam apologia do crime, ao uso de drogas, ou expressem conteúdos verbais e não verbais de cunho sexual e erótico, nas unidades escolares da rede de ensino do Estado de São Paulo.”
Propostas como esta foram protocoladas em 12 capitais do Brasil, além do Congresso Nacional, por Kim Kataguiri (União) e do Senado, com Cleitinho (Republicanos-MG).
Há duas semanas, Oruam se pronunciou nas redes sociais sobre o projeto de lei. “Eles sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap. Coincidentemente, o universo fez um filho de traficante fazer sucesso, Eles encontraram a oportunidade perfeita para isso, virei pauta política”, escreveu.
“Mas o que vocês não entendem é que a lei anti-Oruam não ataca só o Oruam mas todos os artistas da cena”, continuou.
Fonte ==> Folha SP