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Sato investe em filmes coreanos nos cinemas; veja estreias – 04/03/2025 – K-cultura

Um homem sorridente está posicionado em um auditório vazio, cercado por fileiras de cadeiras marrons. Ele usa um terno escuro e uma camisa clara, com um broche visível no paletó. O fundo mostra uma iluminação suave e as cadeiras se estendem em perspectiva, criando uma sensação de profundidade.

A Sato, distribuidora de filmes pioneira em trazer produções japonesas ao Brasil, agora está de olho em outro país para levar às telonas: a Coreia do Sul.

Só neste mês, lança três longas coreanos. Ao longo do ano, são 12 projetos confirmados até agora. Em comparação, esse é o mesmo número de títulos do país asiático que estrearam no cinema em 2024 inteiro. Oito deles, no entanto, eram shows de k-pop transmitidos em sessões especiais, e outro uma co-produção com os Estados Unidos (“Vidas Passadas”).

No catálogo, estão blockbusters, produções independentes, romances e documentários de k-pop. “A ideia é trazer experiências diversas, de k-drama a ficção científica, para as pessoas entenderem que a qualidade de criação e produção coreana é muito grande”, diz Nelson Sato.

O empresário fundou a distribuidora há 40 anos. O primeiro filme que comprou os direitos, a animação cult “Akira”, foi recusado pelas exibidoras no começo. Já estabelecida, a Sato foi responsável por trazer os vencedores do Oscar “Godzilla Minus One” e “O Menino e a Garça”. A empresa também atua com licenciamento de produtos e tem uma sala de cinema na Liberdade, em São Paulo.

Conteúdos coreanos não são uma novidade para Sato. Em 2012, ele emplacou na Netflix “Sonata de Inverno”, k-drama popular no Japão. O título serviu de teste e foi bem, numa época em que essas séries estavam longe da febre que são hoje.

Dez anos depois, colocou seu primeiro filme coreano nas telonas, a ação “Força Bruta”. Sato diz que foi otimista, mas o retorno não foi tão bom. Ele então comprou os outros capítulos da franquia, que figura entre as maiores bilheterias da Coreia do Sul, para exibir em cerca de mil salas em países da América Latina. Seu único filme coreano nos cinemas em 2024 foi “Força Bruta: Sem Saída”. Já “Força Bruta: Punição” estreia em 10 de abril.

Recentemente, fechou acordo com a CJ, mega conglomerado sul-coreano. Também fez parceria com a Hybe, empresa dona do BTS, para representá-la em conteúdo de streaming e cinema no Brasil. Em janeiro, lançou documentário sobre RM, o líder do grupo de k-pop, em 310 salas do circuito comercial.

De olho nos fãs do k-pop, a distribuidora tem investido em produções que são um misto de show e documentário de artistas do gênero —setor até então dominado pela espanhola Trafalgar, inclusive no Brasil. Sato lança, na próxima quinta (6), show de Baekhyun, integrante do EXO, e em seguida os grupos Zerobaseone (27/3) e Red Velvet (3/4).

Para fazer a curadoria, ele diz que foca em títulos que estouraram no país de origem, como “12.12: O Dia”, quarta maior bilheteria nacional da Coreia do Sul, sobre golpe militar deflagrado em 1979. Estreia no dia 20.

Entre os filmes confirmados, mas ainda sem data de lançamento, estão os romances “Ditto: Conexões do Amor” e “Meu Pior Vizinho”, o drama de esportes “Rebound: Uma Nova Chance” e “Em Busca da Vitória”, com o protagonista de “Parasita”. Ele também comprou os direitos de “Amazon Bullseye”, comédia gravada em parte na Amazônia com atores brasileiros.

“O que temos feito é nos manter como líder no segmento asiático, não só japonês, mas também coreano e chinês”, diz Sato. A maioria desses títulos irá para o streaming, incluindo versões dubladas, o que deve ampliar o público.

“Sempre fomos considerados de nicho, com alguns dias de exibição apenas”, afirma. “Tivemos desafios, mas os acertos ajudam a mostrar que algumas apostas em culturas diferentes funcionam.”

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Fonte ==> Folha SP

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