A oferta de ensino técnico qualificado ainda é um desafio em grande parte da Amazônia, especialmente em regiões ribeirinhas e municípios de difícil acesso. Nesse cenário, a Sisinove – Sistema de Ensino Inove, sediada em Tucuruí (PA), tem desempenhado um papel crescente na formação profissional no Norte do Brasil, ampliando oportunidades educacionais e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico local. Fundada pela pedagoga e empresária Lorena Corrêa, a instituição expandiu sua atuação para áreas estratégicas do estado, incluindo municípios do arquipélago do Marajó, como Anajás, Muaná, Breves, Santarém e São Sebastião da Boa Vista, regiões onde o acesso à qualificação profissional ainda é limitado.
Formação técnica para realidades amazônicas
A Sisinove atua com cursos técnicos e profissionalizantes estruturados para atender as demandas econômicas e sociais da região. Nas comunidades ribeirinhas, o modelo tem contribuído para:
- formação de mão de obra local,
- estímulo ao empreendedorismo,
- inserção de jovens no mercado de trabalho
- e fortalecimento de atividades produtivas típicas da Amazônia.
Para especialistas em educação profissional, a presença de redes estruturadas em áreas isoladas é um dos elementos fundamentais para reduzir desigualdades de acesso à formação e ampliar oportunidades de desenvolvimento de longo prazo.
Reconhecimento nacional e internacional
O trabalho educacional da Sisinove tem sido reconhecido em premiações brasileiras e latino-americanas voltadas a iniciativas de impacto social e gestão institucional. Entre elas:
- Selo Referência Nacional ANCEC, por três anos consecutivos
- Medalha Cruz da Referência Nacional – ANCEC
- Top de Marketing & Desenvolvimento Estadual do Pará – Instituto IPoP e FACIAPA
- Premiações da Latin American Quality Institute (LAQI), recebidas no Brasil e no Panamá
- Business Leaders Awards – Ibiorg, entregue no Palazzo Versace Dubai
As condecorações reforçam a percepção de que a rede tem adotado práticas de gestão e processos alinhados a referências internacionais.
Certificação ISO 9001 e padrões de qualidade
A certificação ISO 9001, uma das mais reconhecidas normas de gestão do mundo, indica que a instituição opera com padrões consolidados de qualidade, processos estruturados e protocolos de melhoria contínua. Para redes educacionais, esse tipo de reconhecimento é considerado um indicador relevante de maturidade operacional e governança.
A visão de liderança por trás da instituição
Além da atuação à frente da Sisinove, Lorena Corrêa é autora do livro “Virando o Jogo”, que apresenta reflexões sobre mentalidade, estratégia e desenvolvimento pessoal. A obra sintetiza princípios que orientam sua gestão, com foco em formação de talentos e transformação de contextos adversos. O livro se tornou uma referência para profissionais e estudantes da região Norte, principalmente por tratar de temas associados à disciplina, protagonismo e mobilidade social, fatores diretamente ligados à trajetória de muitos jovens amazônidas.

Educação e desenvolvimento comunitário
A expansão da Sisinove para municípios ribeirinhos tem impulsionado trajetórias profissionais e ampliado perspectivas para jovens que buscam permanecer em suas comunidades sem abrir mão de oportunidades educacionais qualificadas. A formação técnica desempenha um papel importante na realidade amazônica, onde a distância geográfica e a infraestrutura limitada tendem a dificultar a mobilidade estudantil. Em muitos casos, os cursos oferecidos pela instituição representam a primeira possibilidade de profissionalização formal para jovens da região.
Perspectivas para a Amazônia
O avanço de redes educacionais estruturadas no interior do Norte do Brasil indica uma tendência de fortalecimento da educação profissional como ferramenta de inclusão socioeconômica. A Sisinove ocupa um lugar relevante nesse movimento ao integrar formação técnica, gestão certificada e expansão territorial em localidades historicamente pouco atendidas pelo sistema educacional formal. Com o desafio contínuo de reduzir desigualdades regionais, iniciativas desse tipo se tornam estratégicas para o futuro da Amazônia, especialmente em áreas ribeirinhas onde a educação pode representar não apenas desenvolvimento individual, mas também fortalecimento comunitário e econômico.