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Thunderbolts: Diretor diz que se inspirou em amigo bipolar – 01/05/2025 – Cinema e Séries

São Paulo

Traumatizados, traídos e esquecidos pela sociedade, um grupo de anti-heróis cheios de falhas de caráter se une para tentar salvar o mundo. O novo “Thunderbolts”, da Marvel, vai além da dualidade entre mocinho e vilão típica dos quadrinhos.

Em entrevista ao F5, o diretor Jake Schreier diz que se inspirou na história de um amigo para construir sua versão do Sentinela (Lewis Pullman), protagonista perturbado que oscila entre herói superpoderoso e monstro sombrio.

“Não tentamos fazer um filme sobre saúde mental”, diz Schreier. “Mas quando começamos com um personagem como o Sentinela, sempre esteve na mente dos criadores uma parábola sobre saúde mental. Então, procuramos nos basear nesse conceito central.”

ALTOS E BAIXOS

No filme, o herói quase perfeito Sentinela se deixa dominar por conflitos internos mal resolvidos, é vencido pela própria sombra e se transforma em Vazio, um vilão de poderes horrendos que atormenta a cidade.

“Meu amigo passou por uma trajetória parecida. Ele tinha esses pontos altos incríveis, se sentia maravilhoso, poderoso, as coisas aconteciam, tinha força de vontade e imaginação. Infelizmente, quando ele estava próximo de conseguir o que queria, aparecia um lado autodestrutivo que virava as coisas de ponta-cabeça”, relata o diretor.

“Essa dualidade, nos quadrinhos, se traduz entre bem e mal. Mas, no filme, quisemos traduzir como arrogância e queda. É sobre como alguém pode aprender a existir no espaço entre essas duas coisas e encontrar um jeito de ser ele mesmo”, diz.

Acolhido por um grupo de gente parecida com ele —bem-intencionada, mas com atitudes duvidosas—, Sentinela aprende a se abrir sobre seus traumas e a controlar sua força destrutiva. Juntos, eles se unem para derrotar a antagonista Valentina De Fontaine (Julia Louis-Dreyfus).

O grupo é formado pela Viúva Negra (Florence Pugh), o Soldado Invernal (Sebastian Stan), o Agente Americano (Wyatt Russell), a Treinadora (Olga Kurylenko) e o Guardião Vermelho (David Harbour). Esse último é quem batiza o grupo de Thunderbolts.

Com boa dose de humor e sem cair na demagogia, o filme reinventa a experiência Marvel com foco na nova geração, mais sensível a determinados temas. “A nova geração é mais aberta a discutir essas ideias”, diz Schreier. “Mas não acredito que os sentimentos em si sejam limitados por uma geração.”

“Tentamos fazer algo que seja honesto com nossa própria experiência e com a experiência de pessoas que conhecemos”, prossegue. “Esperamos que o público encontre ressonância”, comenta.



Fonte ==> Folha SP

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