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Vitor Horita a nova geração do agro brasileiro que une tecnologia, sustentabilidade e propósito

Em um setor tradicionalmente marcado por heranças familiares e desafios climáticos, Vitor Horita representa uma nova era do agronegócio: uma era em que a inovação tecnológica, a sustentabilidade e a gestão moderna caminham lado a lado. Aos 30 anos, o engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP e mestre em Agronegócio pela Fundação Getúlio Vargas tem uma trajetória que reflete o equilíbrio entre tradição e modernidade, e uma visão que ultrapassa fronteiras.

Nascido em uma família profundamente ligada à agricultura, Vitor cresceu entre plantações de soja, algodão e milho no Grupo Horita, um dos maiores produtores do oeste da Bahia. Desde cedo, aprendeu que a força do campo vai além da produtividade: está nas pessoas, na inovação e no impacto social que o agro pode gerar. “A agricultura é mais do que números. É sobre transformar realidades e criar oportunidades”, resume.

Sua formação técnica e sua inquietação intelectual o levaram a buscar novas soluções para um dos grandes desafios do campo: produzir mais sem comprometer o meio ambiente. No Grupo Horita, foi pioneiro na implantação de técnicas de agricultura regenerativa e no aprimoramento de práticas sustentáveis, como o plantio direto, o manejo de solo com alto teor de matéria orgânica e a aplicação estratégica de fertilizantes fosfatados. O resultado foi expressivo: maior produtividade, solos mais saudáveis e um modelo de produção mais eficiente e equilibrado.

Essas práticas inovadoras renderam a Vitor reconhecimento nacional. Em 2022, ele foi vencedor do Prêmio A Granja Total Agro, um dos mais prestigiados do país, na categoria Produtor de Algodão do Ano. O prêmio destacou sua contribuição para o avanço da produtividade e da sustentabilidade na agricultura brasileira. “O campo brasileiro é uma potência e o grande desafio é equilibrar o crescimento com o respeito ao meio ambiente. O futuro do agro depende de inovação com consciência”, afirma.

Além de suas conquistas técnicas, Vitor se tornou uma figura de liderança dentro do setor. Atuou como tesoureiro da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA) e como membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA). Nessas funções, teve papel essencial em projetos que beneficiaram não apenas os produtores, mas também as comunidades rurais.

Um dos projetos mais marcantes sob sua liderança foi o Patrulha Mecanizada, iniciativa que coordenou o asfaltamento de mais de 60 quilômetros de estradas vicinais estratégicas para o escoamento da produção no oeste da Bahia. O projeto, vinculado à ABAPA, foi um divisor de águas para a região: reduziu custos logísticos, facilitou o transporte durante o período chuvoso e levou qualidade de vida às famílias rurais. “O que mais me orgulha é saber que o trabalho melhora a vida das pessoas. A agricultura tem um papel social muito forte, e é esse lado humano que me motiva todos os dias”, comenta.

Sua atuação também ganhou alcance internacional. Representando o algodão brasileiro, Vitor participou de missões comerciais em Dubai, Turquia e Bangladesh, promovendo selos e certificações de sustentabilidade como o Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o Demand Chain Integrity (DCI), que garantem a rastreabilidade e a ética da produção nacional. Essas iniciativas reforçam o compromisso do Brasil com a produção limpa e transparente, um diferencial cada vez mais valorizado nos mercados internacionais.

Com uma trajetória marcada por prêmios, liderança e propósito, Vitor Horita simboliza o novo rosto da agricultura brasileira: tecnológica, sustentável e conectada ao mundo, mas profundamente enraizada em valores humanos. “A agricultura me ensinou que cada semente carrega uma promessa. E eu acredito que o Brasil é o solo mais fértil do mundo, não só para produzir alimentos, mas para gerar esperança”, conclui.

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