Os brasileiros estão 4% mais felizes no trabalho em 2025 em comparação ao ano passado, segundo levantamento realizado pela Pluxee, empresa de benefícios para colaboradores, em parceria com a plataforma britânica The Happiness Index.
O estudo, chamado Índice de Felicidade e Engajamento no Trabalho, ouviu mais de 16 mil profissionais em todo o Brasil. Apesar da melhora, os dados mostram que os brasileiros ainda estão 6% abaixo da média global.
Segundo a pesquisa, os indicadores de 2025 apontam avanços em todas as dimensões analisadas: felicidade subiu de 7,3 para 7,6; engajamento, de 7,1 para 7,4; e cultura organizacional, de 7,2 para 7,5.
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Apesar do progresso, apenas 53% dos profissionais recomendam sua empresa como um bom lugar para trabalhar, o que indica que a criação de ambientes emocionalmente saudáveis e o bem-estar dos funcionários ainda não estão totalmente alinhados à realidade.
Divulgada nesta sexta-feira (10), Dia Mundial da Saúde Mental, a pesquisa utiliza uma metodologia que combina ciência de dados e neurociência para medir a experiência no trabalho de forma completa.
Segundo a Pluxee, além de fatores racionais, como clareza e capacitação, o levantamento também analisa aspectos emocionais, como segurança, relacionamentos, reconhecimento e propósito, que impactam diretamente o bem-estar e o engajamento.
Crescimento da felicidade
A pesquisa mostra que felicidade e engajamento refletem diretamente a saúde emocional de uma empresa. Em 2025, dimensões ligadas ao bem-estar psicológico apresentaram avanços importantes: crescimento pessoal (+6,3%), reconhecimento (+6,2%) e segurança e propósito (+4,2%).
O nível de felicidade e o grau de engajamento dos profissionais têm relação direta com a saúde emocional das empresas, segundo os dados. Os aspectos ligados ao bem-estar psicológico tiveram alta em 2025:
- Crescimento pessoal aumentou 6,3%;
- Reconhecimento cresceu 6,2%; e
- Segurança e propósito, +4,2%.
A metodologia analisou quatro sistemas cerebrais (instintivo, emocional, reflexivo e racional), e todos mostraram evolução. O destaque principal foi o sistema reflexivo, com aumento de 6,1%, indicando que os trabalhadores buscam cada vez mais propósito e aprendizado contínuo em suas carreiras.
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O reconhecimento genuíno também ganhou espaço, com alta de 6,2%, reforçando que celebrar conquistas e ouvir de verdade são práticas que sustentam o bem-estar e o engajamento.
Os resultados também indicam que as empresas estão investindo mais na criação de vínculos genuínos, com líderes empáticos e culturas coerentes. Mesmo assim, o índice de inspiração continua 12% abaixo da média global, ou seja, muitos profissionais ainda não têm uma conexão emocional com suas organizações.
Cortes
Regionalmente, os trabalhadores mais felizes estão no Norte (8,1 pontos), seguido pelo Centro-Oeste (7,8 pontos). Em seguida vêm o Nordeste (7,7 pontos), o Sul (7,6 pontos) e, por fim, o Sudeste (7,3 pontos).
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De acordo com a Pluxee, os números sugerem que regiões com menor concentração de grandes centros corporativos podem oferecer ambientes mais equilibrados, enquanto áreas de alta competitividade e pressão apresentam maiores desafios para o bem-estar emocional.
No recorte por idade, observa-se que quanto mais velho o colaborador, maiores os índices de felicidade e engajamento. Profissionais de 51 a 60 anos apresentaram pontuação 6,8% superior à dos mais jovens (19 a 30 anos). Esse grupo também relatou maior comprometimento (8,6 vs. 7,7) e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal (7,5 vs. 6,7).
Fonte ==> Exame