A inteligência artificial (IA) já deixou de ser promessa e passou a ser realidade em áreas sensíveis como o recrutamento e a seleção de talentos. A GUPYstartup brasileira referência em tecnologia para Recursos Humanosvem expandindo o uso da ferramenta para transformar a experiência de candidatos e empresas, mas reforça que o processo exige atenção redobrada a questões éticas, de diversidade e de segurança.
Mariana Dias, fundadora da Gupy, palestrou sobre o tema no painel “Desafios e Oportunidades da IA”, na Cortex Summit 2025, maior evento de IA e go-to-market do Brasil, e comentou que a grande dificuldade está em garantir que a IA não reproduza vieses discriminatórios.
“Tem duas coisas que a gente se preocupa absurdamente. Uma é a parte de ética e diversidade e a outra é a parte de segurança, que é tão importante quanto. Criar IA é fácil, mas é preciso entender o que usar e como usar”, explica.
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A empresa, que processa dados de mais de 50 milhões de usuários mensalmente, afirma que mantém um núcleo dedicado exclusivamente a avaliar a ética nos processos seletivos. “Temos certeza absoluta de que a nossa IA não avalia idade, gênero ou nada que possa ir contra processos diversos. Ainda mais sendo a plataforma dos maiores empregadores do país, temos que ter esse tipo de cuidado.”
IA no WhatsApp e vagas mais acessíveis
Um dos avanços recentes foi o lançamento do Smart Vagassolução que permite que candidatos participem de todo o processo seletivo pelo WhatsApp — desde a inscrição até entrevistas preliminares com agentes conversacionais.
“Imagina fazer uma inscrição sem aqueles formulários mais burocráticos, meio conversacional. Uma entrevista que você nem percebe que é um agente de IA no seu próprio WhatsApp. Essa experiência já está acontecendo”, afirma Mariana.
Segundo a executiva, a novidade elevou o NPS (índice de satisfação) para 99% e ampliou o acesso de trabalhadores a vagas operacionais. “Pessoas que não necessariamente têm determinadas formações acadêmicas conseguem se candidatar de forma muito mais simples.”
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Apesar da digitalização crescente, Mariana destaca que a etapa decisiva do recrutamento continua nas mãos de gestores. “A entrevista final nunca uma inteligência artificial vai substituir. É o momento do líder com a pessoa candidata”, conclui.
Fonte ==> Exame